segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

CARTA DE DESPEDIDA DA SATC (UniSatc)

 

Foram 10 anos estudando na SATC, agora UniSatc! Eu não tinha pressa para concluir o curso de jornalismo. No último dia, resolvi bater uma fotografia ao lado do cartaz colocado no pátio da UniSatc e que explica o verbo ressignificar. Atribuir um novo significado a algo, dar um sentido diferente a alguma coisa. Quem lembrança simbólica e linda para eu levar de uma instituição que ampliou minha visão de mundo, não me deixou parar no tempo e me abriu diversas oportunidades de ocupar novos lugares na sociedade!

Durante anos eu sonhei em fazer mestrado e doutorado na área de matemática, mas as condições financeiras não permitiram. Quando eu poderia enfrentar esta barreira, resolvi realizar um sonho de adolescência. Lembrei do meu pai colocando a canga nos bois para puxar a carroça e ir trabalhar nas roças da Linha São Miguel, em Jaborá, oeste catarinese. Foi difícil tomar coragem e pedir que ele pagasse um curso de jornalismo oferecido pelo Instituto Universal Brasileiro. O rádio divulgava e o correio entregava. Eram somente duas apostilas, meu pai pagou somente uma... Mas, ainda lembro que sentada na cama de colchão de palhas de milho, eu estudava sobre o que é um lead e as dez classes gramaticais.

Depois que eu reclamei com seu Jair, um dos líderes da Casa Espírita Seara de Jesus, lamentando que Deus não me pegava no colo, muita coisa mudou. Tudo o que eu desejava acontecia e voltar a estudar foi uma das bençãos recebidas. Teve fases da faculdade em que pensei em desistir, mas uma força maior me segurou e segui até que a caminhada ficou leve.

Carrego lembranças marcantes da minha formação: os desafios propostos pela professora Nádia Couto; a presença vibrante de Karina Farias; a delicadeza de Marli Vitali; a densidade das aulas de Diego Piovesan, que na pandemia conseguiu nos manter engajados; o entusiasmo de Cláudia Formenti ao estender os estudos de Cultura comigo e com Fernando Shock até o último minuto; as descobertas culturais proporcionadas por Fábio Cadorin; a habilidade de Janine Salvaro em amenizar minha resistência ao marketing; a profundidade dos temas trazidos por Christian Deboita; a seriedade do trabalho de Davi Carrer; as superações diante das câmeras sob orientação de Lize Búrigo; e a objetividade de Lucas Jorge. Sei que, ao citar nomes, posso ter deixado de mencionar outros igualmente essenciais, mas todos, sem exceção, marcaram minha trajetória acadêmica.

Por ser uma aluna irregular nunca estabeleci um vínculo com uma turma. Muitos dos meus colegas eu vejo na TV, no rádio, em portais ou trabalhando com assessorias. Acho lindo vê-los evoluindo. Acho esta carreira linda demais.  Minha experiência como estagiária do Tribuna de Notícias me fez ter a certeza de que era essa a vida que eu queria ter vivido. Mas, já fiz meu percurso na Educação e tenho profundo respeito pelo que aprendi como professora e agradeço pelas oportunidades de transformação que aconteceram dentro das salas de aula.

Agora eu só penso no meu ano sabático. Depois vou ver o que eu faço com tudo o que eu aprendi na Educação, no curso de Jornalismo e nas experiências com as quais fui presenteada nestes anos que estou no Planeta Terra. Fechei ciclos. Ainda não sei bem como será daqui para a frente. O que importa é que estou me preparando para o futuro!


segunda-feira, 1 de setembro de 2025

PESQUISA SOBRE O RECANTO DO BALSEIRO

Olá! Somos acadêmicas dos cursos de Jornalismo (Ana Lúcia Pintro) e Publicidade (Maria Laura Locks) da UniSatc – Criciúma.


Estamos desenvolvendo nosso Trabalho de Empreendimento de Conclusão de Curso (ECC) e contamos com a sua colaboração. Nosso objetivo é avaliar o conhecimento, o interesse e a percepção dos catarinenses sobre o Recanto dos Balseiros, em Itá (SC) – um espaço dedicado à preservação e valorização da memória cultural dos balseiros do Rio Uruguai.

Colabore respondendo e encaminhando este formulário em três minutos.  Agradecemos imensamente!

Segue o link para colaborar com nossa pesquisa: Pesquisa Recanto do Balseiro 

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Carta de despedida da Educação de Cocal do Sul

Não adianta fazer o concurso da prefeitura de Cocal do Sul. São cartas marcadas, vai passar quem eles quiserem! Era isso que falavam em 2003. Eu morava em Criciúma há apenas três anos, não conhecia quase ninguém nesta cidade e região. Também sabia que precisava passar em primeiro lugar para garantir a única vaga da tarde. Empatei em nota com o professor Kristian Madeira. Enquanto ele lamentava não ter acertado uma questão a mais, eu comemorava por ser mais velha do que ele. Fomos bons colegas por um tempo. Ele seguiu a carreira universitária e eu fiquei por 22 anos atuando como professora de matemática dos Anos Finais. 

Comecei na Escola Demétrio Bettiol. Lembro bem da figueira gigante, do laboratório de informática que na época era uma revolução na educação, das dificuldades iniciais enfrentadas por falta de experiências, das caronas combinadas, dos passes de ônibus muito utilizados e da sala dos professores onde a gente conversava muito.

Foi nesta escola que convivi com minha irmã de alma Fátima Guollo. Tenho muitas lembranças da alegria dela se espalhando por todos os lados. Infelizmente ela saiu deste mundo antes do tempo que nós achamos o certo.

Muita luz entrava pelas janelas daquela escola. Muitos sonhos foram acolhidos. Diversos projetos foram discutidos. Foi lá que nasceu o clube de matemática.

Voltando de um curso da UFSC sobre a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) eu disse que não ia trucidar os alunos com aquelas questões conteudistas porque eram difíceis para nós professores, imagina dos alunos. A Secretaria de Educação Raquel Quarezemin sugeriu que criássemos um projeto para trabalhar com eles. Aceitei desde que não fosse um reforço em matemática. Devíamos convidar todos não importante se tinha ou não dificuldade em matemática. Fui criticada por alguns, mas deu certo. Lembro que quase um terço dos alunos pediu pra entrar. Foi um sucesso. Eles iam porque gostavam.

Minhas parceiras no clube de matemática foram Diana Morona, que hoje mora na Alemanha, e Maria Albertina Guizzo, que vive na Itália. Juntas planejamos muitas atividades voltadas para as olimpíadas de matemática e foi neste projeto que nasceu o interesse pelo cubo mágico. Lembro de um projeto sobre alimentação e outro em que visitamos o estádio Heriberto Hulse. Um dos momentos mais marcantes foi em 2014 quando fomos com 80 alunos do clube assistir um jogo do Criciúma contra o Santos. Naquele ano o nosso time caiu, mas este jogo ele venceu por 3 a 0.

Pedi licença para trabalhar como coordenadora de matemática na rede municipal de Educação de Criciúma nos anos de 2015 e 2016.

Voltei para Cocal e fui atuar na Escola Cristo Rei. Eu achava o prédio muito parecido com uma prisão. Me refiro a organização das salas e aos corredores. O muro não combinava com presídio, eu mesma pulei inúmeras vezes para não ficar incomodando as serventes. Foi nesta escola que passamos pelo duro período da pandemia e que percebemos o poder avassalador das redes sociais. Saio dela enquanto o mundo passa por transformações que assustam. Vivemos tempos complicados, os valores humanos estão confusos e o futuro cada dia mais incerto. Gestores e educação teimam em sonhar. Eles não sofrem sozinhos. Não vou selecionar palavras para dizer o que sinto, não é momento para florear. Nem sempre temos força para dar o rumo, direcionar. É preciso entender que a escola deve ser um lugar onde cada minuto vale ouro. É preciso valorizar as palavras que já foram lapidadas pelo tempo. É preciso acreditar que dentro de cada criatura divina que passa por aqueles portões há uma individualidade capaz de refletir amor, esperança, sonhos e conhecimentos voltados para o bem. Escola devia ser um espaço sagrado, respeitado. Quem atirar pedras nela pode cometer erros que não tem solução fácil.

Quando comecei a trabalhar na escola Demétrio Bettiol eu imprimia próximo ao cabeçalho das provas uma frase que copiei da TV Cultura: “Uma mente brilhante precisa de conteúdo para se desenvolver”. Foi esta mensagem que eu pedi que os alunos das cinco turmas para as quais lecionei encerrando minha carreira na educação, levassem para suas vidas. Entrei em todas as salas para me despedir e delas saí com a alma tranquila, em paz e com a incerteza da missão cumprida.

Durante os anos de 2003 a 2006 escrevi mais de 170 crônicas para o extinto Jornal Cocal. Naquela época eu não imaginava que hoje estaria me formando no jornalismo. Escrevi isso tudo sentada no refeitório da UniSatc enquanto aguardo o começo de uma das últimas aulas desta instituição que frequento há dez anos. Aqui fui colega de ex-alunas minhas, Ester Leopoldo e Anita Delavedova. Fui marcada por excelentes professores que me ajudaram a abrir portas para um futuro que desconheço, mas que chegará com muita coisa para aprender. Sempre disse aos meus alunos que a vida tem graça enquanto a gente sente vontade de aprender e se dedica para ser melhor a cada dia.

Hoje recebi uma placa da Prefeitura Municipal de Cocal do Sul que guardarei para o resto da minha vida. Também quero agradecer o privilégio que tive de conviver com as pessoas que por esta cidade passaram ou vivem. Estou com dificuldades para citar nomes porque há tanta gente em minha memória e em meu coração!

Finalizo dizendo que sou grata por chegar aos 52 anos com saúde mental e física. Um dia me disseram que devemos buscar o respeito dos mais velhos para ter sucesso na vida. Tentei ouvir os conselhos e seguir a consciência. Sigo determinada! E agora passo a ser dona do meu tempo. Muito obrigada!



segunda-feira, 9 de junho de 2025

Escola Cristo Rei conquista nove medalhas na Canguru de Matemática

 

Presente em mais de 80 países e com três décadas de história, o Concurso Canguru de Matemática Brasil integra o Brasil à comunidade internacional Kangourou Sans Frontières (AKSF). Cocal do Sul participou da 17ª edição. O desempenho rendeu três medalhas de prata e seis de bronze, além de dez menções honrosas. Os nove medalhistas estudam na escola Cristo Rei.

Lucca Da Rolt e Pedro Scarpato, 6º Ano, e Lívia de Lorenzi Wessler, 4º Ano, conquistaram medalha de prata com notas superiores a 95 pontos. Os três gostam de desafios de lógica e sabem resolver o cubo mágico. Livia vive numa família que como ela tem facilidade com os conteúdos matemáticos e diz não precisar se dedicar muito pra obter boas notas.

Foram premiados com bronze Gabriel Tezza Marcolino e Murilo Rosso Tavares, do 9º ano, Kamili de Bona Velho, do 8º ano, Miguel Feliciano Mateus e Rafael da Silva Rosa, do 6º ano, e Isabely Valentina Scheper Pereira, do 4º ano.

Os alunos que conseguiram menção honrosa são: Álvaro Gabriel da Silva Rosa e Igor Silveira dos Passos (6º Ano), Stefany Marcelino Pereira (8º Ano) e Miguei Silveira, Pedro Antonio Quagliotto e Vinicius Lenhani Mazuco (4º Ano).

Todos os anos, professores de diversos lugares do mundo se reúnem para desenvolver as provas, que seguem os princípios da contextualização, criatividade e prazer na resolução de problemas. As questões da prova são elaboradas com foco no desafio intelectual, incentivando o engajamento e a descoberta de soluções de forma lúdica e contextualizada.

Todos os estudantes cadastrados receberam login e senha e podem acessar a área do estudante da plataforma Canguru. “Agora eles podem, junto com suas famílias, abrir um relatório de desempenho individual onde é analisado o índice de acerto das questões fáceis, médias e difíceis de cada um. Eles também podem verificar o próprio desempenho em relação ao número de acertos em álgebra, geometria, números e lógica”, informa a diretora Ediana Hoffman Maximiniano.

Medalhistas do período matutino: Gabriel, Lívia e Kamili

Os alunos das turmas 602 e 603 foram destaques: Pedro e Luca (prata), Rafael e Miguel (bronze), Igor e Álvaro (Menção Honrosa)



Premiados do período vespertino: Alunos do 6º Ano, Murilo (9º ano) e Stefany (8º Ano)


Medalhistas do período vespertino: Murilo, Rafael, Pedro, Lucca e Miguel