Estudantes
de todo o país participaram sábado (14) da segunda e última etapa da 9ª Olimpíada
Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Realizada anualmente
desde 2005, a competição tem o objetivo de estimular o estudo da matemática e
revelar talentos na área.
A
edição deste ano envolveu, na primeira fase, 47.144 escolas públicas e contou
com a participação de aproximadamente 19 milhões de alunos distribuídos em 99,35%
dos municípios do país. Neste sábado, mais de 800 mil estudantes das
Séries Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio realizaram a prova.
Os
alunos de Cocal do Sul realizaram as provas na EEB Professora Francisca Búrigo.
Houve uma alto índice de abstenção: dos 81 alunos aprovados para a 2ª Fase,
compareceram apenas 49. A
escola EEF Demétrio Bettiol compareceu com 14 dos 19
alunos classificados, acompanhados da Diretora Elaine Correa e da professora
Diana Morona. Segundo
a professora Ana Lúcia Pintro, “esse descaso é comum na nossa região porque ainda
não entendemos a riqueza e a importância das olimpíadas de matemática. Muitos
alunos, pais e até professores da própria disciplina ignoram o poder dessa
competição no sentido de incentivar os alunos a estudarem mais e a descobrirem
o prazer de aprender.”
A
aluna Juliana de Oliveira Menegon da EEF Demétrio Bettiol, de Cocal do Sul,
avalia a prova: “Eu gostei de fazer a prova, foi um pouco difícil, mas, foi uma
experiência boa porque eu nunca tinha passado. Os alunos que estavam junto comigo,
também acharam difícil. Eu penso que isso é uma boa oportunidade para o futuro
porque a professora do Clubinho de Matemática, Diana Morona, falou que tem gente
que passa na OBMEP e ganha até bolsa de estudos em outros países.”
Os
gêmeos Maria Eduarda Backes Jovenal e João Vinícius Backes Jovenal, da EMEF
Padre José Francisco Bertero de Criciúma, prestaram prova na EEB Min. Jarbas
Passarinho. Eles analisaram a experiência: “A prova não tinha gráfico, nem
geometria, era mais questões de raciocínio lógico. Tinha questões muito
difíceis, mas tentamos responder tudo o que a gente sabia.” Maria Eduarda disse
que só parou quando sentiu que sua mão doía e que o cansaço já dominava sua
concentração. Também comentou que na sala onde estavam tinha apenas dez alunos
dos trinta da lista fixada na parede.
A
maioria das escolas municipais de Criciúma não participou da olimpíada nesse
ano porque o s servidores municipais iniciaram uma greve no mesmo dia.
A
OBMEP é uma oportunidade que os alunos tem de ter contato com uma sistemática
de provas muito semelhante à de concurso ou vestibular. Percebe-se
que após nove anos de OBMEP, há um impacto positivo nos índices nacionais e internacionais
que tende a melhorar ainda mais.
Os
alunos vencedores da OBMEP vão ganhar medalhas de ouro, prata e bronze. Todos
os medalhistas recebem bolsa de Iniciação Científica Júnior, do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Professores e
escolas também recebem premiações, de acordo com regulamento. O resultado será
divulgado no dia 29 de novembro.
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